quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Metallica + Lou Reed OMG"!!!!! só pode ser maravilhoso!










O projeto do Metallica com o Lou Reed está tomando forma. Tanta que já tem um nome e data de lançamento. O disco, inspirado nas peças Earth Spirit e Pandora´s Box, de um dramaturgo alemão, se chamará Lulu e chega às prateleiras no dia 31 de outubro. Ou na internet, antes disso.
Curiosamente, o próprio Reed tem falado que Lulu é a melhor coisa já feita por alguém em todos os tempos. E ele diz que não está brincando. Verdade ou não, só saberemos em breve.

noticia do tarja preta
by naodouglas

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Cream Disraeli Gears - 1967

Cream Disraeli Gears - 1967 (Download)



Cream foi o mais notável power trio a aparecer na cena de rock. Antes do Jam ou Police, notáveis trios que marcaram os anos 70 e 80,Eric ClaptonJack Bruce e Ginger Baker formaram a banda em 1966 e despontavam com uma mistura heterogênea de blues (bem atrelado à vertente delta) com um hard rock menos pretencioso que os posteriores, porém forte em seus acordes, firme em sua estrutura um tanto distorcida e mirabolante, com toda a psicodelia agregada. A simplicidade de suas melodias não anula a genialidade de seu guitarrista Clapton (e não era à toa que os londrinos pixavam pela cidade "Clapton is God"), com riffs memoráveis acompanhado da extrema perícia demonstrada por Bruce em sua estável linha de baixo ressaltada e ainda a apurada técnica de Baker, o primeiro rock-star baterista da história, que demonstrava estar bem à frente de seu tempo. O segundo disco do grupo, o Disraeli Gears, foi lançado em1967 e seguia a linha de comportamento de seu antecessor (Fresh Cream), usando e abusando de elementos blues e a influência que Muddy Waters exercia sobre o trio, misturada à psicodelia que já pairava pela cena rock de Londres, cidade onde a banda foi formada.

O legado de Waters é explícito na levada de 'Strange Brew', com um baixo em ritmo interrupto, o compasso brando da bateria e as macias notas de guitarra que ornam a canção com complexa transição de acordes. 'Sunshine of Your Love' já é bem semelhante ao som de Jimi Hendrix, com um riff banhado em distorção vigorosa, apresentando um hard rock convincente. 'World of Pain' é de melodia angustiada e vocal aflito, com uma esplêndida participação de acordes de um baixo coeso, potente no sustento de toda a harmonia (incrível como em sua linha básica, ele consegue se integrar a pequenos trechos de solo de guitarra). O folk aparece em 'Dance the Night Away' com Clapton tocando guitarra de doze cordas, numa elegância incrível, porém seguindo a aflição da faixa anterior. É prazerosa em suas flutuantes notas, em suas guinadas melódicas. Urgente e delicada, essa faixa é um dos grandes destaques do álbum. Já 'Swlabr' é mais pesada, com uma faceta psicodélica e um vocal bem mais exaltado, acompanhando todo o ritmo embelezado por dedilhadas oportunas de guitarra que espanam a poeira por aqui e por ali. E claro, não só as dedilhadas, mas um solo magistral e breve de Clapton terminam de coroar a beleza dessa faixa.

Disraeli Gears é um dos discos mais marcantes de toda a história do rock, porque foi o que faltava para que até os mais céticos se rendessem ao som desse trio. O Cream inspirou não só os trios que viriam a ser formados nas décadas seguintes, mas bandas com muito mais integrantes assumem influência do trio inglês. E não só influênciou como ensinou um modo de integrar o blues ao rock e não a se acostumar com a concepção de que o rock é um blues acelerado. Eles conseguiram descontruir essa concepção, e separar os dois ritmos, mesmo tendo em vista o fato de que um veio do outro.

Set List

1- Strange Brew
2- Sunshine of Your Love
3- World of Pain
4- Dance the Night Away
5- Blue Condition
6- Tales of Brave Ulysses
7- Swlabr
8- We're Going Wrong
9- Outside Woman Blues
10- Take It Back
11- Mother's Lament







de um blog ai.
Mais sobre o Cream http://whiplash.net/materias/biografias/038556-cream.html
by naodouglas





terça-feira, 23 de agosto de 2011

Júpiter Maçã - A Sétima Efervescência (1996)

Alo voze!
Hoje vamos ouvir um pouco da "psicodelia moderna brasileira" jupter maçan abrindo as toras e as cucas!


Faixas:
01. Um Lugar do Caralho
02. As Tortas e as Cucas
03. Querida Superhist x Mr Frog
04. Pictures and Paintings
05. Eu e Minha Ex
06. Walter Victor
07. As Outras que me Querem
08. Sociedades Humanóides Fantásticas
09. O Novo Namorado
10. Miss Lexotan 6 mg Garota
11. The Freaking Alice (Hippie Under Groove)
12. Essência Interior
13. Canção para Dormir
14. A Sétima Efervescência Intergaláctica 









download do disco: Júpiter Maçã - A Sétima Efervescência (1996)

Desde que enveredou pela carreira solo, o Flávio Basso trocou a influência do rockabilly por uma sonoridade sessentista, folk num primeiro momento e totalmente psicodélica numa segunda etapa. E é justamente a psicodelia a causa desse disco, A Sétima Efervescência, de 1996.

O que já podia ser percebido na demo anterior a esse álbum, Júpiter Maçã e os Pereiras Azuiz - Ao vivo na Brasil 2000 FM, de 1995, ficou mais claro - e elaborado - aqui. Se a demo era mais roqueira e crua (até por ser uma gravação ao vivo), na estréia em cd os arranjos se sofisticaram e a lisergia tomou conta, com grandes méritos para a produção do Egisto e os arranjos de orquestra do Marcelo Birck.

A primeira faixa, Lugar do Caralho, virou um hino imediato, com direito a regravação por parte do Wander Wildner e tudo. A letra é um convite ao hedonismo: "Eu preciso encontrar um lugar legal pra mim (sic) dançar e me escabelar/Tem que ter um som legal, tem que ter gente legal e ter cerveja barata/Um lugar onde as pessoas sejam mesmo afudê/Um lugar onde as pessoas sejam loucas e super chapadas/Um lugar do caralho". A música seguinte, As Tortas e as Cucas, castiga na lisergia, com vocal "pastoso" e dobrado. A letra fala de conversas com pedras e passarinhos (alguém aí falou em ácido?), numa viagem das boas. Um solinho de flauta é o complemento ao bucolismo da história.

Faixas como Querida Superhist x Mr Frog até dispensam comentários, bastando ler o título pra perceber o clima de psicodelia. Pictures and Paintings é um iê-iê-iê anfetamínico, tanto na música como na letra: "Quero toda sua chinelagem/Quero a metade do seu microponto/Yeah you, you, yeah, yeah, yeah, yeah, you/Yeah you do!". Obras como Eu e Minha Ex deveriam entrar pro rol das melhores composições já feitas, uma excelência em termos de arranjo e tema. Só por ter um refrão com a seguinte pérola: "Eu e minha ex queremos amizade/Mas acho que eu não superei/Talvez ainda goste dela", já justificaria a execução obrigatória em todas as cerimônias cívicas. O arranjo... bem, o arranjo é do mestre Birck, o que significa muita coisa. Grandioso é o mínimo que se pode dizer dele, com violinos, violoncelos, trompete e fagote.

Walter Victor é uma espécie de jovem guarda subversiva. O ritmo é puro Renato e Seus Blue Caps, mas a letra é quase um relatório médico sobre os efeitos de boletas em geral: "Walter toma suas bolas farmacêuticas/Sua boca fica mole, palavras gozadas" Uma harmônica anuncia As outras que me querem e a sacanagem que vem por aí: "Eu só fodo com você nessa fase atual da vida que eu tô levando/Mas às vezes me pergunto se eu não devia estar comendo as outras que me querem". Na segunda estrofe, o outro lado do relacionamento é discutido: "Eu creio que você às vezes queira dar pra outros carinhas no pedaço/Não, não acho tão legal/No entanto uma questão da gente sentar e conversar". Simples, não?

O Novo Namorado tem o verdadeiro "sixty groove", com o teclado do Frank Jorge inaugurando a festa. A estrutura é aquela em que a música começa pelo refrão e depois vem a estrofe, que mostra as contradições dos relacionamentos atuais: "Mundo moderno, alguém me dizia/Todo mundo come todo mundo"/ Mas eu tô querendo/Querendo trabalhar meu lado sensibilidade/Agora eu quero só você pra gostar de verdade".

Outras que não necessitam de análise são Miss Lexotan 6 mg e The Freaking Alice (Hippie Under Grove). Os nomes dizem absolutamente tudo que se precisa saber. Já Essência Interior merece algumas palavras. É uma música totalmente hipnótica, quase um mantra. E tem uma das melhores letras, sem dúvida: "Quando você der para outro cara/Lembre-se que alguém se masturba/Alguém do outro lado da cidade/Se sente em sintonia e pensa em você/Estou ligado na sua essência interior". Na seqüência, vem a sugestiva Canção para Dormir, com seu clima fantástico. E pra fechar a viagem, as colagens bizarras de A Sétima Efervescência Intergaláctica, com frases soltas de algumas faixas anteriores e vários barulhinhos estranhos.

Uma informação histórica importante é que esse álbum influenciou toda uma geração de bandas psicodélicas gaúchas e até nacionais. O lado ruim disso foi a semente que originou o desnecessário movimento mod porto-alegrense no início dos anos 2000. De qualquer forma, a audição de A Sétima Efervescência é mais do que recomendada. É obrigatória.


Texto de Eduardo EGS, publicado originalmente no portal Overmundo



by naodouglas


quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Juao Palmito e o Talo da Pinha

Mais uma banda integrante da Cenaandreense de rock!
Lembrando que esssa banda se apresenta este sabado no evento "sarau Cenaandreense" .
Segue o release



Juao Palmito e o Talo da Pinha
Banda andreense formada em 2009. 
O som da banda é experimental e tem influencias no blues,na mpb e de bandas nacionais dos anos 60 e 70 tais como o terço,mutantes e made in brazil.
Atualmente a banda se dedica ao projeto Cenaandreense que reune bandas de som autoral de santo andre e regiao.http://cenandreensederock.blogspot.com/2011/05/o-inicio.html
Já se apresentaram com sucesso no projeto canja com canja da prefeitura de Santo André, realizam “ensaios abertos” no parque Celso Daniel afim de dar aos cidadãos a chance de não só conhecer mas também de participar dos seus trabalhos,reunir a comunidade artística/musical de Santo André e promover interação destes meios. Juao Palmito e o Talo da Pinha é nas palavras de Marcelo Noise:um Experimental maluco , simples e verdadeiro. 



Integrantes:
-Marcelo Noise (voz e violão)
-Rafilks (voz e baixo)
-Caio F. (cajon)
-John Hernandez (voz e violão)
-NãoDouglas Mariate (voz e guitarra)

-Origem: Santo André - sp (Brasil)


-Contatos: NaoDouglas 7676 0314


Destaque para a musica "maracapinha' que tem um video no youtube


o download das faixas pode ser feito em 
http://tnb.art.br/rede/juaopalmito/

terça-feira, 16 de agosto de 2011

krias de kafka: sessoes desenganadas

Ta ai uma banda ducaralho!!!
krias de kafka,ouvidos atentos nos ruidos e letras que essa banda nos traz aos ouvidos!
Banda integrante da Cenaandreense de rock!
trago a voces o primeiro ep da banda "sessoes desenganadas"





download: Krias de Kafka: sessoes desenganadas


Na iminência do estrondo o encontro a vontade o despreparo o prazer a falta de opção a distorção a idéia a convivência os palavrões a anatomia a falta de altura a mecânica o choque a rocha a idéia a fusão o desencontro o trampo a insistência a garganta o talho o rosto o gogó o sorriso a baba o vício o beijo o pó o desconforto os passos a queda o salto alto a melancolia a biologia a carta o pai a morte a falta o tato a voz baixa o caráter o balbucio o silencia o ampli as vadias as opções o rock a faculdade a burrice o dinheiro a preguiça o tédio a foda os remédios a treta a fuga o choque a água os abraços os tiros os cigarros as mãos os cinco a indiferença o pescoço o copo o som o sexo a corrida o baseado a pele a insegurança a poesia a falta de opção a fantasia a rua a gula as garotas o estilo os olhos a inércia os vidros os cachorros os ingleses os baianos a neblina a monotonia os filhos as filhas o som a idéia a chuva a queda o cinema o céu a pinga as jaquetas os sorrisos os passos o conhaque o amor a voz baixa a fotografia a alegria as costas o resto o sentimento a condução a ignorância a ingenuidade a canção o veludo a cozinha a juventude o paraíso a diversão o sangue a nota a desgraça o balbucio a dança o exagero a dança a ação o desespero o gol o quengo a água o sol a brecha o paletó os pés a conta a moeda a idéia a impressão a coragem a convicção as regras a desistência a intenção o caos os irmãos o soco a agonia o fastio a falta de opção os cinco o som a e-volução O desengano meu bem!
Integrantes:
Mateus Novaes - voz
André Linardi - guitarra
Lucas Campos - guitarra
Hector Alves - Baixo
Otto Coelho - bateria
Telefone: 11 95599659
Origem: Santo André - sp (Brasil)
Residência: Santo André - sp (Brasil)



by naodouglas

cenaandreense: proximos eventos

É com orgulho que anuncio mais um evento da nossa cenaandreense de rock.Nosso próximo evento sera neste sábado 20/08/2011,na casa da palavra em Santo Andre,a casa da palavra fica em frente a concha acústica,na praça do Carmo, próximo ao calcadão da oliveira lima bem no centro da nossa Santo Andre Rock City.
Com inicio programado para as 19 horas o evento contara com apresentação acústica da banda  Juao Palmito e o Talo da Pinha e intervenções poéticas de Helio Neri,Neli Vieira e Rodrigo Guerrila e um bate papo sobre o rock de rua e a atual situação da cidade no que diz respeito a artes e cultura de rua.

evento no facebook Sarau Cenaandreense

let's rock!



A Bolha: um passo a frente

Segue mais um classico do rock n roll nacional.Um dos meus discos preferidos.Esse vale cada segundo.
download: A Bolha: um passo a frente




Faixas:
01. Um Passo A Frente
02. A Esfera
03. Epit fio (Epitaph)
04. Bye My Friend
05. Tempos Constantes
06. Neste Rock Forever
07. Razão De Existir
08. 18.30 - Parte 1
09. Os Hemadecons Cantavam Em Coro




Nascida no Rio de Janeiro, The Bubbles - formada por Cesar (solo), Renato (ritmo), Ricardão (baixo), logo substituído por Lincoln, e Ricardo (bateria) - é uma das maiores legendas da história do rock brasileiro. Desde o início da carreira, em meados dos anos sessenta, a banda passou por todas as fases do rock daquela época, da invasão britânica ao hard rock, passando pela psicodelia e pelo semi-progressivo. Em 1966, lançaram o raríssimo compacto com as faixas ‘Não Vou Cortar o Cabelo/Porque Sou Tão Feio’, versões para Los Shakers (Break it All) e The Rolling Stones (Get Out Of My Cloud), respectivamente.
Após participar de shows e programas de TV - abriram para os Herman’s Hermits, no Rio de Janeiro - e, principalmente, de reinar (ao lado dos Analfabitles) no tradicional circuito de show/bailes na periferia do Rio de Janeiro, acompanharam Gal Costa como banda de apoio. Em 1970, foram assistir ao Festival da Ilha de Wight, ficando impressionados com o que viram. De volta ao Brasil, resolveram mudar radicalmente a sonoridade da banda, resultando no clássico compacto simples com as faixas ‘Sem Nada/18:30 (Parte I)’ e ‘Os Hemadecons Cantavam em Coro Chôôôôôôô’, lançado em 1971. Nesse meio tempo, a banda ainda participou do histórico álbum ‘Vida e Obra de Johnny McCartney’, com o cantor da Jovem Guarda, Leno (ex-Leno & Lílian), produzido por Raul Seixas.

Em 1972, ganham o prêmio de melhor banda no Festival Internacional da Canção (FIC), o que garante melhores condições para gravar o primeiro LP, batizado de ‘Um Passo à Frente’ (já reeditado em CD), trazendo um rock básico, com algumas faixas numa linha bem progressiva, que saiu em 1973. Nesta época, a banda contava com Pedro Lima (guitarras, harmônicos, vocal), Renato Ladeira (órgão Hammond, Farfisa, Vox, guitarras, vocal), Lincoln Bittencourt (baixo, vocal) e Gustavo Schroeter (bateria, vocal). Em 1975, participam do lendário festival ‘Banana Progressiva’, realizado no Teatro da Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo, entre os dias 29 de maio e 1º de junho.

Em 1977, após alguns altos e baixos e mudanças de formação, gravam seu segundo e último disco - ‘É Proibido Fumar’, em que adotam uma sonoridade um pouco mais ‘pesada’, abandonando definitivamente o progressivo. Mas as vendas não foram muito boas, decretando o fim da banda, que ainda tocou como banda de apoio de Erasmo Carlos, em uma turnê pelo Brasil. Renato também integrou o grupo gaúcho Bixo da Seda (ex-Liverpool), e depois o Herva Doce, já nos anos 80.

Texto de Fernando Rosa, publicado no site Senhor F.